sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Colapso



Aos poucos foi crescendo 
Aquele amor no coração 
Uma alma que sorria 
Apesar da noite fria 
Não se deixava envolver na ilusão. 

Sentia-se como um pássaro 
Livre no horizonte a voar 
Não temia a escuridão 
Nem mesmo a solidão 
Que insistia nele habitar. 

Na manhã gélida do tempo 
Antes mesmo do sol nascer 
Viu seu mundo desabar 
Sentiu vontade chorar 
E, por um instante, viu morrer. 

Um colapso muito grande 
Sentiu na sua alma 
Deixou-se voar no pensamento 
Ser levado pelo vento 
Até as alturas e sentiu calma. 

Soube, então, que haveria 
Sempre um novo amanhecer 
Não poderia ficar prostrado 
Para sempre ali deitado 
Pois, a vida é para viver. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Diálogos


Pensei em voz alta e ela chorou em voz baixa!
Não houve silêncio entre nós, mas nenhum de nós disse uma palavra.
Ela perguntou: - Por que faz isso?
Não respondi. Eu não tinha a resposta.
Um vento suave adentrava pela janela e tocava os seus cabelos. Eu também queria tocá-los, mas me contive.
Ela levantou os olhos e ao fitar-me foi como uma espada afiada a cortar meu coração.
Então ela disse: - Beije-me!
Era o que eu mais queria na minha vida. Beijar aqueles lábios de um vermelho-rosa entreabertos.
- Não posso! – Limitei-me a responder.
O vento continuava a acariciar-lhe os cabelos.
O silêncio reinou outra vez entre nós.
A lágrima que vi rolar de seus olhos me deu a certeza de uma coisa: “Quem ri ao nosso lado pode nos trair, mas quem chora, nunca”.
Talvez naquele momento o que ela mais precisava era de um abraço carinhoso.
Tinha muita ilusão nos olhos. Depois carregou nos ombros a decepção!
Então rompi com o silêncio.
- Se você não abrir o se coração eu nunca vou entender o que você quer me dizer.
Outra vez ela me olhou com aqueles lindos olhos e pronunciou a sentença:
- Quem ama chega à plenitude, quem odeia nunca sairá das profundezas.
O vento tocou o meu rosto e suas palavras rasgaram o meu coração...

Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 14 de janeiro de 2017

O final de todas as coisas


Você falou que me amava 
E me deixou na solidão de uma vida vazia 
E sem sentido 
No deserto escaldante da vida. 
E eu sinto saudades de você 
Quando vejo a tarde caindo 
E eu sei que terei mais uma noite de solidão. 
Tenho medo do escuro 
Pois é quando fecho os olhos 
E não vejo mais você perto de mim. 
Começo a pensar sobre tudo 
E descubro que o final de todas as coisas 
Já havia acontecido em seu coração. 
O que te levou para longe de mim? 
É a pergunta que martela minha mente... 
Quero saber quem roubou aquele sorriso tão meigo 
Que tinhas quando olhavas para mim 
Onde está aquela alegria 
Que irradiava os seus olhos 
E os faziam brilhar com mais intensidade? 
O final de todas as coisas acontece 
Quando os sonhos já não existem mais. 
Estou só 
Sinto falta de você 
E quero que amanheça o mais breve possível 
O dia me trás esperança de te encontrar 
De que você tenha mudado 
E não é o final de todo esse sentimento. 
Nos meus sonhos eu te vejo 
E busco-te na imensidão dos meus pensamentos. 
Quem sabe um dia 
Ainda caminharemos juntos. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Lembranças de amor


Só agora percebo 
O que acontece a minha volta 
Mas não sei se realmente 
O que acontece é o que vejo. 
Difícil entender as coisas do amor 
A ausência de seu olhar 
A dar-me o alento necessário para caminhar. 
Meus sentimentos são confusos 
E não quero parar de sonhar 
Com a vontade em estar com você 
Na noite fria do tempo sem seu calor. 
Só agora percebo a sua falta 
E o quanto ela é real junto a mim. 
Busco seu corpo junto ao meu 
E não o encontro mais 
E a solidão toma conta de mim. 
Quero voar a imensidão e te encontrar 
Mas sei que isso é impossível 
E contento-me com as lembranças de seu amor. 
A vida nos faz perceber tarde demais 
O quanto é bom o amor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Voz do coração


Quero que fique em silêncio por um momento 
Para que ouça a voz do coração 
De alguém que te ama com ternura 
E que escreves estas mal traçadas linhas. 
Dentro do meu coração existe uma fagulha 
De um amor que arde com grande alvoroço, 
Que bate mais forte toda vez que vê você passar 
Bela e sedutoramente em minha frente. 
Falar de sua beleza a ofuscar minha visão 
É repetir formas de detalhes que sempre disse 
Mas, que é necessário para que você compreenda porque te amo. 
Poderia eu me ocultar desse amor 
Ou mesmo fugir da racionalidade em te escrever 
No entanto, nos seus olhos vejo o brilho das lembranças que tenho de ti. 
Meu coração te ama e bate por ti, 
Meus olhos te procuram em todos os lugares 
Porque você é a razão da minha visão. 
Minha alma anela a sua alegria 
Porque a sua alegria é minha felicidade. 
Gostaria de ter ensejo maior para expressar esse sentimento 
Para que compreendesse a minha eterna paixão por você. 
Por isso peço que ouça a voz do coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Vai ver nos meus olhos


É meu amor 
Há em mim um sentimento verdadeiro 
Que me faz em você pensar 
O tempo inteiro. 

Um amor que extrapola 
Toda forma de pensamento 
E não me dá outra opção 
Sei que você é meu sentimento. 

Vai ver nos meus olhos 
Quando no profundo olhar 
Que o meu coração pertence a você 
E só você eu sei amar. 

Permita-me viver esse amor 
Junto ao seu coração 
Quero entregar-me a você 
Sem medo da ilusão. 

Vai ver nos meus olhos 
O brilho intenso do amor 
Que sai do meu coração 
Quando vejo você, minha flor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Eu busquei entre as estrelas



Eu busquei entre as estrelas 
Uma que tivesse 
O brilho do seu olhar 
E foi em vão a minha procura... 
No espelho 
Tentei ver a sua imagem 
Refletida como uma jóia 
De rara beleza... 
E eu não encontrei 
As palavras que pudessem expressar 
O amor que vi em seu olhar... 
Seu coração tão singelo 
E belo como as ondas do mar 
E eu querendo te amar 
Como se fosse a minha princesa... 
Não vá embora 
Fique mais um pouco 
Preciso de você... 
Meus versos, meus poemas 
Como existiriam 
Sem a sua beleza, sem o seu encanto? 
Musa da minha vida 
Minha inspiração 
Que esmaga o meu coração 
Deixe-me amar-te Sem medo 
Com toda paixão 
E sentimento da minha vida! 
Você é a beleza 
Que eternizo em meus versos. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense