quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O poema (in) perfeito



Deslizo meus dedos e toco a caneta 
Na folha branca escrevo os meus versos 
Imagino seu olhar na madrugada 
Para escrever o poema perfeito. 
Quero atravessar o oceano 
Nas mais altas nuvens deixar-me tocar 
E suavemente 
O vento norte deixar-me levar. 
Ao tocar o seu rosto 
Como a brisa da manhã 
Sentir o perfume que exala de ti 
E o pulsar de seu coração. 
A esperança que brota 
Qual gramíneas nas pradarias 
Elevam meus pensamentos 
A buscar-te no infinito. 

O poema perfeito quero escrever 
Para seu coração alcançar 
Mesmo sabendo que é impossível 
Descrever o seu lindo olhar. 
Vejo, então, um beija-flor 
Na janela, suas asas bater, 
Minhas mãos ficam trêmulas 
E não consigo mais escrever. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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