domingo, 30 de outubro de 2016

Um amor que eu desejava


Foi até sem pensar 
E eu assassinei quem amava 
Não chorei nem um pouco 
Sem dor meu coração estava 

Num gesto sagrado de amor 
O sangue que dela jorrava 
Na terra úmida se escondeu 
E os pássaros de longe cantava 

A sede da terra acalmou 
A tristeza que dela anelava 
E lá onde jaz o seu corpo 
Uma ave ao longe gurgitava 

E cresceu junto com o capim 
Uma flor que o vento agitava 
Seus lindos cabelos negros 
Agora já não balançava 

E esse foi o fim 
De um amor que eu desejava 
No entardecer triste 
Que minha alma sufocava. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

E se a vida for apenas uma ilusão



E se tudo isso não tiver razão 
E se a vida for apenas uma ilusão 
E se morrer for o fim 
E se tudo realmente for assim 
E no final 
E se for igual 
Eu tenho medo de tudo 
Eu tenho medo do mundo 
Eu tenho medo de crescer 
Eu tenho medo de morrer 
Eu tenho medo de ganhar 
Eu tenho medo de perder 
Eu tenho medo 
Eu tenho muito medo 
Tenho medo de ver tudo mal 
Tenho medo de correr no final 
Eu tenho medo de amar 
Eu tenho medo de me apaixonar 
Eu tenho medo de alegria 
Eu Tenho medo de fantasia 
Eu tenho medo de correria 
Eu Tenho medo de iludir 
Eu tenho medo de sorrir 
Eu tenho medo de chorar 
Eu tenho medo de julgar 
E ser julgada 
Mal amada 
Amarga 
Perversa 
Amada 
Sorridente 
Feliz 
Triste 
Contente 
Tenho medo até de gente 
Por que o mundo é assim? 
Por que a tristeza não tem fim? 
Tento sempre fazer o certo 
Mas quando eu tento eu sempre erro 
Por que mundo é assim? 
Por pessoas gostam não gostam de mim? 
Que mundo louco 
Que gente louca 
Na mente pensa uma coisa 
Mas sai outra pela boca 
Por que o mundo é assim? 
Por que palavras não tem fim? 
Por que frases machucam 
Se são apenas palavras 
E no final das contas 
Não deixarão marcas 
E se você souber me dizer o sentido da vida 
Eu agradeceria 
Mas duvido que saiba 
Já que sempre procuras a lógica na loucura do mundo 
Lógica versos a loucura não tem fim 
Quero ver tentar responder essa pergunta para mim 

Aluna : Victoria Dias Neres Moreno 
8º Ano - Escola Q.I Centro Educacional 
Orientação: Prof. Odair José

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Se um dia eu voltar


Se um dia eu voltar 
E não mas ver os seus olhos 
Seguirei meu caminho 
Sem sentir a sua tristeza. 
Mas, se eles lá estiverem 
Na esperança da volta 
Juro que terei a coragem de fitá-los 
Sem medo de me apaixonar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Agonia e êxtase



Chega aquele momento em que não adianta mais gritar. 
Ninguém ouve o seu grito e você sente que está sozinho na imensidão do universo. 
Uma angústia terrível toma conta do seu ser e demônios sobrevoam sua cabeça. 
Querem pousar e dilacerar sua alma. 
Você até tenta espantá-los, mas suas forças se atrofiam. 
Angústia do silêncio que perturba mais do que o escuro da solidão. 
Quero apenas ouvir uma voz que possa me animar. 
Mesmo que seja uma esperança falsa, mas que haja uma esperança. 
Mas, não há! 
Não há nada além da tristeza de uma alma vazia que tenta se desvencilhar desta armadilha psicológica que tira a paz que ainda podia existir. 
O êxtase vem em forma de melodia. 
Há um olhar em meio a multidão que invade meu sentimento. 
Eu não queria tê-lo visto diante de mim. 
Mas, não há como escapar. 
Como um raio ele atravessa os céus e cai em minha direção. 
Um êxtase nunca sentido, nunca imaginado. 
Eu sou prisioneiro de tudo isso. 
Minhas asas estão quebradas e não consigo alçar um voo sequer. 
Sou presa fácil às aves de rapina que querem me devorar. 
Lágrimas rolam de meus olhos e caem ao chão cheio de poeira. 
Agonia e êxtase de uma vida que parece mais com uma metamorfose ambulante em uma encruzilhada do destino. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Asas partidas




Baby, você não entende 
Por que nós não podemos 
simplesmente segurar as mãos um do outro 
Dessa vez pode ser a última, eu tenho medo 
A não ser que eu faça tudo bem claro 
Eu preciso tanto de você 

Pegue essas asas partidas 
E aprenda voar de novo, aprenda a viver tão livre 
Quando nós ouvirmos as vozes, cantamos 
O livro do amor abrirá e nos deixará entrar 
Pegue essas asas partidas 

Baby, Eu acho que hoje a noite 
Nós podemos pegar o que estava errado e fazer certo
Baby, isso é tudo que eu sei 
É que você é a metade carne e sangue me faz inteira 
Eu preciso tanto de você 

Então pegue essas asas partidas 
E aprende a voar de novo 
Aprenda viver tão livre 
Quando nós ouvirmos as vozes, cantamos 
O livro do amor abrirá e nos deixará entrar 
(sim, sim nos deixará entrar) 

Baby, Isso é tudo que eu sei 
Isso que você é a metade carne e sangue e me faz inteira
(sim, sim, sim, sim) 

Então pegue essas asas partidas 
E aprende a voar de novo 
Aprenda viver tão livre 

Quando nós ouvirmos as vozes, cantamos 
O livro do amor abrirá e nos deixará entrar 

Então pegue essas asas partidas 
Você tem que aprender a voar de novo 
Aprender viver tão livre 
Quando nós ouvirmos as vozes, cantamos 
O livro do amor abrirá e nos deixará entrar 

Tradução da música Broken Wings  - Mr. Mister
(Uma das mais lindas que já ouvi).

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Grandes mistérios


Um dia eu quis você 
Que se escondeu e não deixou nada 
Nos envolver. 

Uma noite eu sonhei com você 
Mas a realidade foi dura e cruel 
Você não quis viver. 

Eu quis arriscar tudo que tinha 
Por uma felicidade ao seu lado
Você criou tantas barreiras 
Além das que já existiam e me deixou calado. 

Hoje eu ando vagando como um peregrino 
Por um caminho sem razão
Não sabendo desvendar os grandes mistérios 
Que envolvem o seu coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Fim


Não vejo mais brilhar 
Os olhos daquela que amei 
Não sinto a brisa suave 
Nas minhas noites de calor. 
O sonho foi desfeito na manhã 
Onde não vi mais o seu sorriso. 
Sem saber ao certo o destino 
Que o tempo me reserva. 
Suas mãos já não alcanço 
Na minha caminhada. 
Você foi à primavera a sorrir 
De um tempo tão fugaz 
Meu coração sentirá sua falta 
Durante muito tempo. 
Mas, hoje devo me despedir 
Sem lágrimas nos olhos. 
Tudo acabou entre nós 
É o fim. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 15 de outubro de 2016

Sem querer olhei em seus olhos


Sem querer olhei em seus olhos 
E eles foram à causa de minha perdição 
Por ver neles a beleza do amor 
Deixei que levasse o meu coração. 

Eu amo você faz tanto tempo 
Mas não consigo expressar meus sentimentos 
Seus olhos tão sedutores 
Fizeram-me ficar com você nos pensamentos. 

Sem querer olhei em seus olhos 
E eles são a razão de tanto amor 
Por isso sinto na minha alma 
Só você pode afastar de mim essa dor. 

Hoje quero deixar meu coração falar 
O que tenho guardado dentro de mim 
Pois quando vi você tão linda a sorrir 
Percebi que te quero sempre assim. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Percepção


Caminho devagar 
Em uma estrada que parece não ter fim 
Seus olhos estão distantes 
São miragem que foge de mim. 

Uma tristeza alucinante 
Revela um semblante em dor 
Meus passos são lentos 
Pois não conheço mais o amor. 

Tenho a percepção 
De uma cruel realidade 
Que transforma meu riso em pranto 
Quando aumenta em mim a saudade. 

Seus olhos tão meigos 
Era a razão do meu viver 
Sem eles sou um andarilho 
Que não consegue te esquecer. 

Deixo-me cair na margem da estrada 
Pois não consigo mais caminhar 
Sou a imagem da desilusão 
De quem só soube te amar. 

Minha percepção embaraça-me 
E sou confundido pela realidade 
Não sei se você existiu 
E se fez parte da minha felicidade. 

Quem sabe você foi apenas 
A ilusão do amanhecer 
Dominou meus pensamentos 
E deixou-me no entardecer. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 8 de outubro de 2016

Um crime de paixão


Caminhava lentamente pela rua deserta 
Alta madrugada e o coração partido 
O silêncio reinava absoluto 
Na alma de um ser tão iludido. 

Tinha aprendido a roubar para viver 
E não sabia o que representava um lar 
Em seus olhos havia uma tristeza 
Que dele insistia não se afastar. 

Sangue escorria de suas mãos 
E um corpo jazia estirado no chão 
O que havia planejado não deu certo 
E a dor perfurava seu coração. 

Não pediu para ver aqueles olhos 
Mas deles não conseguia mais escapar 
Não queria ser escravo de ninguém 
Mas viu seu castelo de sonho desabar. 

Imaginou um mundo perfeito 
Onde caminhava com ela de mãos dadas 
Jardins em flores e borboletas 
Sob o som melodioso das passaradas. 

Ao abrir os olhos lá estava ela 
E o amor que sentia se evaporou 
Uma fúria sem sentido tomou conta 
E seu coração no mal não pensou. 

Um corpo frio jaz sem vida 
Estirado em uma vala deserta 
Enquanto um corpo sem esperança 
Caminha na solidão que o aperta. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Os deuses são burros e impiedosos


Ergo-me diante dessa multidão eufórica 
Extasiada e ao mesmo tempo confusa 
Querem um sinal dos deuses 
Corta-se, se rasgam e dilaceram-se 
Na esperança fútil de que eles ouvirão 
Os seus gritos. 
Pedem fogo do céu para queimar o altar 
Com o sacrifício. 
Mas, os deuses são burros e impiedosos 
Porque foram criados pelos homens 
Humanamente cretinos como sua cria. 

Quem te ensinou a ver o mundo dessa forma? 
Em todas as sociedades lá estão eles 
Nas tribos mais distantes 
Nos grandes centros em grandes templos 
Pendurados na parede 
Emoldurados em madeira de lei 
Mas, os deuses são burros e impiedosos 
E no silêncio da noite 
Eles também dormem o sono da indiferença. 

Vejo a ignorância por todos os lados 
A ilusão em todos os olhares 
Heresias em cada evangelho hodierno 
E um mundo indivisível 
Cheio de angústia e violência. 
Criaram-se o anticristo e o abraçam 
Nas penumbras e avenidas da cidade 
Mas, os deuses são burros e impiedosos 
Eles arrancam o coração e comem com farinha 
E deixam a alma para ser devorada pelos corvos. 

Os deuses criados pelo ser humano 
São as maiores ilusões 
Que esse mesmo ser humano carrega 
Sem saber que eles são burros e impiedosos. 
Quem poderá julgar-me 
Por tão severas palavras? 
Eles continuam dilacerando-se 
E os seus deuses zombam de sua ignorância. 
Não dão a mínima por tudo que fazem 
Porque, na verdade, eles não existem. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Nada se compara a você


O tempo tem sido cruel comigo 
Nesse período em que caminho sozinho 
Desde que você se foi 
Na madrugada fria do inverno 
Em que minha alma ficou sem te ver. 
A tristeza maior do meu coração 
É não saber para onde foram seus passos 
E por que deixou de me amar. 
Não entendo sua despedida. 
Percorro os lugares mais inóspitos 
Na esperança de encontrar seu sorriso 
Mas minha busca é vã. 
Mesmo os melhores sorrisos que vejo 
Não se compara ao seu sorriso. 
Os olhares fugazes das mulheres mais lindas 
São incapazes de ofuscar o brilho do seu olhar. 
Tenho sua imagem gravada em meu coração 
E fico olhando-a quando deito. 
Os momentos alegres que passamos juntos 
Desfilam em flashes 
E faz-me recordar os bons momentos 
De um amor que aconteceu. 
Percorro as ruas desertas e gélidas 
Da cidade que te esconde. 
Preciso te encontrar 
Para afastar de minha vida a solidão 
Que sinto em não te ver. 
Nada se compara a você 
E nada vai substituir a sua presença. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

domingo, 2 de outubro de 2016

Não queria pensar em você


Hoje eu pensei muito em você, 
Mas não queria pensar nenhum pouco. 
Você é uma miragem em meio ao deserto escaldante  
E meus olhos vêem coisas que não devem. 
Minha mente prega-me peça 
E eu imagino você comigo. 
Abro os meus olhos 
E vejo além das estrelas o seu olhar. 
Quero voar o espaço 
E romper essa distância que nos separa. 
Mas, como posso fazer isso 
Se você não pertence ao meu mundo? 
E dentro de mim há uma mistura de sentimentos. 
Uma vontade louca de tê-la em meus braços 
E ao mesmo tempo um desejo de esquecer-te. 
Por que tenho que pensar em você? 
Por que você não me sai do pensamento? 
Como posso fazer para esquecer 
Todo o encanto que vem de você? 
Ah, meu coração, 
Digo a ele, 
Outra vez vez você entrou em uma fria. 
Ela nunca vai olhar para você 
Da forma que você olha para ela. 
E eu fico aqui na minha angústia 
De amar-te sem tê-la comigo. 
Minha vida é cruel e cheia de sofrimento. 
Fecho meus olhos e quero dormir. 
Mas, lá no fundo, 
Sei que vou sonhar com você. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense