segunda-feira, 30 de maio de 2016

Fascinação



O brilho de seu olhar em meio a multidão 
Quando procuram os olhos meus 
Causa mim uma sublime tentação 
Que procuro esconder dos olhos seus. 

O encanto que você tem 
É o castigo que trago em meu coração 
Pois, depois de conhecer-te, mais ninguém 
Consegue dar paz a minha razão. 

Quando você surge em cada amanhecer 
Provoca em mim um forte desejo 
Te amar-te com um amor pra valer 
E, sufocar em mim esse ensejo. 

A fascinação que você traz em seu olhar 
Mas, que também, em seu sorriso 
Faz com que o desejo de te amar 
Me transporte ao mais lindo paraiso. 

Não sei se algum dia posso ter-te comigo 
Mas caminho com essa esperança 
De não ser apenas seu amigo 
Mas, um amor que fique na lembrança. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Seriam os dias tão solitários assim



Naquele encontro 
Casual que tivemos 
E do sorriso contumaz 
Que saiu do seu lábio 
E invadiu o coração 
Nasceu a paixão 
De abraçar seu corpo meigo. 
A alegria de viver 
Sob o olhar encantador 
De um sonho real 
Que me fascinou 
Durante um longo tempo. 
Derrepente você mudou 
Deixando só a saudade 
A fazer parte da minha vida. 
Na linha do tempo se foi 
E não mais sorriu. 
O coração solitário 
Ao ver passar os dias 
Lentamente 
Pergunta-se 
Seriam os dias tão solitários assim 
Caso não houvesse 
Acontecido aquele encontro? 
A resposta cabe ao tempo 
Que tudo constrói 
De acordo com sua vontade. 
Tempo paradoxal 
Com você ele passa tão veloz 
Pois não vemos como passa, 
Longe de você 
Ele lentamente nos tortura 
E parece a eternidade. 
Quero gritar 
A sua lembrança 
Para que o tempo 
Ajude-me a encontra-te outra vez. 
E que os dias solitários 
Se esfacelem 
Deixando-me com os sonhos 
E a esperança 
De, outra vez, ter o seu sorriso. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Vai ver nos meus olhos


É meu amor 
Há em mim um sentimento verdadeiro 
Que me faz em você pensar 
O tempo inteiro. 

Um amor que extrapola 
Toda forma de pensamento 
E não me dá outra opção 
Sei que você é meu sentimento. 

Vai ver nos meus olhos 
Quando no profundo olhar 
Que o meu coração pertence a você 
E só você eu sei amar. 

Permita-me viver esse amor 
Junto ao seu coração 
Quero entregar-me a você 
Sem medo da ilusão. 

Vai ver nos meus olhos 
O brilho intenso do amor 
Que sai do meu coração 
Quando vejo você, minha flor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 24 de maio de 2016

Renascimento


Não pense que por medo de atravessar 
Eu tenha parado no caminho. 
É difícil decidir 
O resumo de uma vida 
Pode ser o fruto da agonia. 
Há medos de pecar 
E isso nasce do que não se esquece. 
Os programas mentais torturam 
A alma angustiada. 
No fundo da noite 
Há o lamento 
Que ruge na madrugada fria. 
Surtos psicológicos 
De almas definhadas pela solidão... 
Eu tenho uma esperança 
E tudo renasce... 
Miserável homem que sou 
Alcançado pelas mãos 
Cravada no alto daquela cruz 
Neste vale 
Não estou mais sozinho. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 23 de maio de 2016

A moldura do pensamento



Em um belo dia eu mudei 
O amor que sentia sufoquei. 
Encostei-o no canto do coração 
E nunca mais fiz outra canção. 

A vida deve ser feita de alegrias 
Mesmo que as noites estejam frias. 
O coração pode controlar 
O mais louco desejo de amar. 

Não é dizer que não existe sofrimento 
Mas, é a moldura do pensamento 
Para que haja paz e esperança 
De que a volta seja com bonança. 

O amor verdadeiro não pode ser 
Com sofrimento em todo viver. 
Se realmente for assim, 
Outro amor procuro pra mim. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Vivo da saudade que sinto



Quando os olhos já não contemplam 
A vida que se esvai 
A solidão invade a alma 
De quem amou demais. 
O sorriso já se foi 
A tristeza faz companhia. 
O olhar, outrora lindo, 
Reflete, agora, sofrimento. 
O erro não foi te amar demais 
O erro foi não saber demonstrar. 
As situações da vida corriqueira 
Fez o amor se ofuscar 
E, escondido, não soube se expressar 
A forma simples de amar. 
A minha luta é esquecer 
Mesmo sabendo que é difícil 
Um amor que nos fez tão bem 
Não poderia terminar assim. 
Vivo da saudade que sinto 
Sustentado pela esperança 
De um dia você voltar 
Para alegrar minha vida de criança. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Os caminhos nem sempre são de flores



Ando por uma estrada sem rumo 
Com a solidão a me fazer companhia. 
As densas florestas ofuscam o brilho do sol 
E não vejo a luz do dia. 

Tropeço em algumas pedras na jornada 
Pois meus olhos não contemplam o alento 
A caminhada é fria e solitária 
Que nem aos cantos dos pássaros 
É possível estar atento. 

Meus olhos choram essa triste ilusão 
De acreditar na eterna felicidade 
Pois os caminhos nem sempre são de flores 
E os espinhos revelam uma sinistra saudade. 

Meus passos são indecisos neste caminho 
Porque nele não encontro segurança 
Seus olhos não contemplo na distância 
E perdi do coração toda esperança. 

Caminhos tortuosos e solitários 
São o que restou para os meus passos 
A partir do momento em que foste embora 
E não mais senti o calor dos seus braços. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 16 de maio de 2016

A solidão que me assusta


As noites intermináveis 
Que sua ausência faz-me viver 
Não é a causa do meu sofrimento 
E nem por isso vou morrer. 

Os dias sem expectativas 
Pois, os sonhos foram desfeitos, 
Não são as causas das tristezas profundas 
Dos desejos imperfeitos. 

A solidão que me assusta 
É a de não ter mais o seu olhar 
Que sempre me direcionava 
E dava esperança de amar. 

Esses olhos cheios de vida 
Foi onde encontrei a felicidade 
Distantes de mim para sempre 
Tenho que acostumar com a saudade. 

E por isso o desespero 
De enfrentar essa terrível solidão 
E ter que caminhar sozinho 
Nesta triste imensidão. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O amor que sinto por ti



O brilho dos seus olhos rasgou a escuridão 
E dissipou a minha ilusão. 
O tempo descontinuou por um longo instante 
E a tristeza foi para bem distante. 

O amor que persevero em te revelar 
É maior que as coisas banais da vida. 
E o desejo que sinto por ti, querida, 
Maior que o próprio mar. 

Amo-te como ama o amor 
Como a alma sedenta anseia a fonte 
De água límpida e refrigerante 
Assim é o anseio de meu ser pelo teu calor. 

Sou amante de seus olhos lindos 
De sua alma singela e radiante de viver 
Amar você é ver o sol ao amanhecer 
E seus lábios sempre sorrindo. 

Que minha alma consiga expressar 
A razão de meu amor por você 
O anelo de contigo viver 
Para sempre e sempre te amar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Os mistérios do seu coração


Um dia eu quis você 
Que se escondeu e não deixou nada 
Nos envolver. 
Uma noite eu sonhei com você 
Mas a realidade foi dura e cruel 
Você não quis viver. 
Eu quis arriscar tudo que tinha 
Por uma felicidade ao seu lado. 
Você criou tantas barreiras 
Além das que já existiam 
E me deixou calado. 
Hoje eu ando vagando como um peregrino 
Por um caminho sem razão. 
Não sabendo desvendar 
Os grandes mistérios 
Que envolvem o seu coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 10 de maio de 2016

Se ainda existe amor



Ando devagar pelo caminho sombrio 
Tendo como companhia a solidão 
Seus olhos meigos já não os vejo mais 
E um vazio toma conta do meu coração. 

Lembro-me da primavera dos nossos sonhos 
De quando deitavas na grama a olhar a lua 
Do sentimento a envolver-te na noite 
E dos passeios secretos naquela rua. 

Buscas-me com seu singelo olhar 
Todas as vezes que nos encontramos 
E, nos seus olhos posso ver, 
Que unidos pelo amor ainda estamos. 

Meu coração anela pelo reencontro 
Pelo dia em que decididamente iras voltar 
Para viver esse amor lindo que nos envolve 
E que a rotina fez-te de mim se afastar. 

Em cada alvorecer contemplo o seu sorriso 
E, nos jardins floridos, vejo a mais linda flor, 
Por que sofres com a ausência se podes voltar? 
Por que não voltar se ainda existe amor? 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 9 de maio de 2016

A canção da amizade eterna



Um dia quero estar em seus braços 
Numa tarde qualquer 
Deitado entre as folhas 
Sentindo o vento tocar seus cabelos 
De forma tão leve 
Que você vai sorrir descontraidamente 
Sentindo a brisa suave 
Levar seus pensamentos. 
E nesse dia... 
Quero estar bem perto das montanhas 
Perto da relva verde 
E espalhar as folhas amarelas 
Onde deitaremos no entardecer 
Sem a preocupação com as coisas do mundo 
Porque em nossos corações 
Só existe a paz. 
Oh! Minha irmã querida 
Esqueça as tristezas de outrora 
E deixe a beleza que há em ti 
Conquistar o mundo lá fora. 
O melhor abraço é aquele que traz paz ao coração 
Que afasta a ilusão 
E nos faz respirar o ar puro 
E nos dá inspiração. 
A alegria de estar com você 
De saber que você é especial 
Faz-me eternizar em versos 
A canção da nossa eterna amizade 
Porque o que existe em mim 
É o amor... 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense 
Dedicado: Lúh Silva, minha irmã. 
Fotos: Joe Bengala

sexta-feira, 6 de maio de 2016

A Solidão e o Cativeiro



Não existe o amor ao próximo 
Que não seja interesse 
Dos olhos saem à falsa esperança 
De que haverá dias melhores. 
Sanguessugas a sugar até a última gota de sangue 
De almas desoladas na escuridão. 
Querem que acredite no amor 
E rasgam-me a alma na primeira esquina 
Tirando de mim a esperança de sorrir. 
A solidão é passageira 
E haverá um novo dia 
É o que me dizem querendo que acredite 
Na utopia. 
Existe um cativeiro a prender-me 
Na lúgubre escuridão do tempo. 
Tento soltar-me e não consigo 
E olhos ficam a espreitar-me 
Como agulhas sanguinolentas. 
Soltem as amarras da hipocrisia 
De homens que desejam alcançar o cume da montanha. 
Não espere meu grito 
Pois, em silencio devo permanecer. 
Esse falso amor que me cerca 
Pede-me que acredite nas falácias que ouço diariamente. 
Esse amor é tão egoísta 
Que não se pode afirmar que seja amor 
Não dá forma que sempre acreditei. 
Com o passar dos dias 
Meus passos são trôpegos e indecisos 
Pois, a realidade é mais tenebrosa do que o sonho. 
A solidão é fera e ruge dentro de mim 
O cativeiro é horripilante e frio. 
Gotas odoríficas pingam incessantemente 
E surrupiam minha mente 
A ponto de me deixar louco. 
Minhas unhas já não existem 
Ficaram presas nas frestas da prisão 
Quando tentei me libertar. 
Tento ver a luz no fim do túnel 
Ela vagarosamente se dissipa 
E eu não sei se é à noite chegando com seus temores 
Ou minha visão que já está indo embora 
Sem dar-me outra chance. 
Então me sento à beira do poço 
E fecho os olhos. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 5 de maio de 2016

A aventura de amar



Amar é uma aventura 
um desafio 
desvendar 
o seu olhar. 

Amar é uma aventura 
tentar não vacilar 
o meu caminhar 
ao pegar em suas mãos. 

Amar-te com ternura 
na manhã serena do tempo 
em que vi o seu meigo sorriso 
transformar minha vida. 

Amar a forma singela 
meiga e bela 
de ver os seus olhos 
fecharem na magia do beijo. 

Amar-te com paixão 
e deixar meu coração 
navegar até outra estação 
onde encontro esse amor. 

Amar é uma aventura 
da qual não posso acordar 
desse sonho tão bom 
que é estar ao seu lado. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Este olhar que revela o coração


Ela estava em silêncio enquanto olhava para mim 
Mas, eu percebi 
Que ela não queria olhar em meus olhos 
Havia uma curiosidade em seu olhar 
Algo que a intrigava 
E que ela queria muito desvendar. 
Disfarçou por um momento 
Enquanto eu permanecia na minha atitude 
Era uma estátua imóvel diante dela 
E pretendia permanecer assim o tempo todo. 
Seus olhos eram misteriosos 
Cheios de esperança, ou desilusão, 
Eu não soube definir ao certo. 
O que pude entender é que procurava algo 
Que a muito havia perdido: 
O amor, talvez! 
Não sei ao certo, mas algo a incomodava muito. 
Continuava me olhando disfarçadamente 
E sorria. 
Eu pude notar pelo movimento de seus lábios. 
Por um momento deu-se para vislumbrar 
A beleza da sua alma 
Tão arredia 
Tão com medo de novas aventuras. 
Em silêncio permanecíamos 
Até a brisa soprar levemente em nossos rostos. 
Ah! Que vislumbre! 
Ela sorriu levemente 
Mexeu os cabelos 
Olhou para os lados 
Como se buscasse fugir de meu olhar 
Sorriu outra vez e então fez a pergunta: 
- Por que você não para de me olhar? 

Não podia responder a essa pergunta. 
Ela não poderia saber 
Que seus olhos revela o seu coração 
E todas as vezes que vejo seu olhar 
Eu contemplo um amor com tanta emoção. 
Aquele amor que ela sempre guardou a sete chaves 
Para entregar apenas a pessoa certa 
E que agora ela não consegue mantê-lo preso. 
Sim! Foi nesse olhar que encontrei o amor 
Na beleza da sua alma misteriosa 
Há um amor tão singelo 
Que mudou a minha vida para sempre. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 3 de maio de 2016

Quando se ama de verdade



Às noites sempre são de escuridão 
Mesmo que sejam iluminadas de esplendor. 
Os dias sempre são de esperança 
Mesmo que o sol não dê o seu fulgor. 

Por mais que se viva uma noite de angústia 
Existe uma nova existência ao amanhecer; 
E os momentos de tristeza que possas passar 
São transformados em uma nova razão de viver. 

Quando se ama de verdade 
O cheiro da flor tem mais fragrância; 
Mesmo que sejas ferido pelos espinhos 
A beleza da rosa tem mais elegância. 

Nada melhor que o sorriso da pessoa amada 
Para espantar o isolamento do coração; 
O calor do corpo aquece a alma 
De quem esteve na solidão. 

Por tudo que possas passar na vida 
Só o verdadeiro amor pode ser a razão 
De conduzir a exata paz interior 
E dar serenidade ao coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Amo porque amo e isso é o que basta



Olha-me nos olhos e dá um sorriso 
Pergunta-me se a amo 
E, se a amo, porque amo. 
No momento não tenho resposta 
Não é fácil responder essa pergunta. 
Está tudo aqui dentro do coração 
Mas como expressar esse sentimento? 
Então me deixo descansar entre seus braços 
E navego os oceanos do pensamento 
Onde alcanço as estrelas. 
Sinto o aroma de seu perfume 
E o pulsar de seu coração. 
Penso na resposta 
Que ansiosamente você espera. 
Então falo o que sente meu coração 
Mesmo sem saber se é a resposta certa. 
Amo andar de mãos dadas com você 
Pois, sinto confiança ao caminhar. 
Suas mãos são suaves 
E parecem saber onde está indo. 
Amo seu sorriso entre os beijos 
Pois, demonstra a felicidade 
Que encontras depois deste ato mágico. 
Amo suas mensagens no meio da noite 
Só para saber se estou bem 
Logo após termos estado juntos. 
Amo quando liga 
E diz que era só para ouvir a minha voz. 
E esta lista não teria fim 
Se a fosse descrever meu coração. 
E, para não me estender, 
Quero apenas dizer 
Que amo você. 
Amo porque amo e isso é o que basta. 
Deixa-me caminhar ao seu lado 
E demonstrar todo esse amor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense