terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Gratidão pelas maravilhas do Senhor



“Quem pode contar 
Todas as coisas maravilhosas 
Que Ele tem feito? 
Quem pode louvá-lo como Ele merece?” 
Meu coração se rejubila 
Pelas grandes maravilhas 
Que Deus tem feito por mim. 
Ele tem protegido a minha vida 
E confortado meu coração 
Com as alegrias do céu. 
Eu o louvarei de todo meu coração 
Ao único que é digno de todo louvor 
E adoração. 
Senhor, Tu tens sido o meu refúgio 
O meu socorro nas horas de angústias. 
Os meus lábios exaltam o seu nome 
E rende-te louvores 
De agradecimento 
Por todas as maravilhas que me tens feito. 
Quão grande é o seu amor 
Demonstrado por mim. 
Por isso exalto o seu Santo Nome 
Com toda alegria do meu coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 26 de dezembro de 2015

Gênesis


Há uma criação 
Um mundo perfeito 
Cheio de beleza criado por Deus 
E que enche os olhos de emoção. 

Há uma criação 
Uma família linda 
Estabelecida no Jardim de Deus 
Para viver sempre em comunhão. 

Há uma tentação 
Um mal que sutilmente 
Quer destruir tudo de bom 
Que Deus planejou no seu coração. 

Há uma redenção 
Uma promessa de vida 
Além do pecado que separou 
O homem da sua original criação. 

Há uma grande lição 
De pessoas que andam 
Sempre na presença de Deus 
E obedece sempre com determinação. 

Há um novo recomeço 
Mesmo que as águas tenham 
Destruído toda a maldade do homem 
Pois o castigo do pecado tem um preço. 

Há vida e esperança 
Mesmo que esteja no fundo 
De um grande poço sem saída 
Pois, Deus nunca esquece sua aliança. 

Há sempre uma advertência 
De que há perigo além das campinas 
Verdejantes das Sodoma deste mundo 
Que precisamos fugir com muita diligência. 

Há sempre vitória 
Para todos que crêem 
Nas maravilhas que Deus fez 
Para louvor e grandeza de sua glória. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O natal de Stone Halls


Aconteceu em uma pequena cidade do Mato Grosso 
No final dos anos oitenta 
Circulava pela pequena praça da vila 
Uma criança que tinha uma vista atenta. 

Na noite anterior, véspera de Natal, 
Tinha observado as pessoas em festa 
Que passava por ele em meio burburinho 
Sem saber que em seu estômago nada resta. 

Há poucos dias passados sua mãe tinha ido embora 
Deixando que ele pudesse sobreviver 
Sem a proteção que só uma mãe pode dar 
Em um mundo difícil de crescer. 

O pai tinha que trabalhar para sustentá-lo 
E com ele não podia, naquele dia, estar. 
Enquanto as pessoas festejavam 
Para ele não sobrava nem um olhar. 

O cheiro suave das carnes sendo assada 
Em suas narinas chegavam 
Deixando sua fome mais apertada 
E uma tristeza que seus pensamentos solapavam. 

Não sabia por que passava por aquilo 
Pois era uma criança que desejava a felicidade 
Que tanto propagavam nesses dias 
Mas que, para ele, só existia a saudade. 

Com os olhos fundos de tristeza 
Olhava para as casas cheias de gente 
Sentia-se sozinho naquele universo 
E sabia que, para eles, era indiferente. 

Em sua cabecinha ficava uma inquirição 
Que parecia resposta não ter 
Por que falavam tanto em espírito natalino 
Se ninguém importava com o seu sofrer? 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O que vejo em seus olhos


Às vezes deixo-me 
Ser levado pelos pensamentos. 
Uma viagem tão sensível 
Ao centro do seu coração... 
O que vejo em seus olhos 
Enche a minha alma de esperança; 
Seu sorriso tão lindo 
Afasta de mim toda ilusão. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Que sociedade é essa?


Como viver em uma sociedade 
Como a que estamos inseridos 
E não sentir um tédio danado? 
Onde estão os grandes exemplos 
De pessoas coerentes para seguirmos? 

Não dá para admirar os proeminentes 
Que ocupam os principais postos da nação. 
As celebridades, 
Os artistas, 
Os atletas. 
Medíocres. 

Do outro lado, 
Pessoas insossas, 
Conformistas 
E apáticas 
Deixam-se levar 
Pelas ilusões de um mundo caótico. 

O que esperar do futuro? 
Onde depositar a esperança de dias melhores? 

Criminosos infames deturpam. 
Pessoas envolvidas com frivolidades. 
Tudo lixo de uma sociedade corroída pela poluição. 
Ambiental, 
Sonora 
E visual. 

Onde posso colocar os meus pés? 
Onde posso colocar as minhas idéias? 

Não há autonomia. 
O homem moderno é um negócio. 
O consumismo toma conta das pessoas frívolas. 
O capitalismo selvagem solapa as mentes 
E as transformam em marionetes 
Nas mãos invisíveis do sistema. 

Ninguém ouve o meu brado. 
Eu grito pelas ruas e avenidas. 
Mas os ouvidos estão com comichões 
E ninguém escuta nada. 

Insignificantes seres 
A perambular pela existência humana. 
Já não há um nome que se possa dizer: 
Eis uma pessoa de caráter. 

Sim. 
Eu estou entediado 
De ver tanta mediocridade. 
Cansado de ver pessoas surdas, 
Mudas e cegas. 

Para onde caminha a humanidade? 
Responda-me se puder. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 19 de dezembro de 2015

Abstração


Seu olhar na noite escura 
Fez a luz ser ofuscada 
Pelo brilho da sua tristeza 
Que rompeu na madrugada 
Do sonho introspecto 
Abalado pelo pesadelo 
De não mais te contemplar 
Na miragem do desfiladeiro 
Onde não consegui segurar a queda 
Do castelo que criei 
No entardecer do dia alegre 
Que aqui imaginei. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Se isso não for amor



Uma saudade muito grande 
Apodera-se do meu coração 
Sua ausência causa-me medo 
De viver na triste solidão. 

Seus olhos tão misteriosos 
É a esperança do meu amanhecer 
Pois o brilho do seu olhar 
Não me deixa te esquecer. 

Sinto um aperto na alma 
Quando não contemplo seu sorriso 
Singelo como a primavera 
É do que mais preciso. 

Meu coração bate mais forte 
Toda vez que te vejo 
Caminhando nos meus sonhos 
Isso aumenta meu desejo. 

Se isso não for amor 
A profundidade deste sentimento 
Não sei o que faço nesta vida 
Para tirar você do pensamento. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Não há medo em meus olhos


Não há medo em meus olhos. 
Não deixo-me vencer 
Pelas palavras persuasivas 
Que querem destruir os meus sonhos. 
Há uma grande jornada pela frente 
E meus passos devem ser firmes e constantes. 
Não posso olhar para trás 
Nem temer os meus perseguidores. 
Todos eles serão destruídos pelo meu protetor. 
O sol escaldante não me atinge 
Porque sou protegido pelas sombras das nuvens. 
Nem mesmo a reclamação do povo 
Pode deter os meus objetivos:
Vencer as barreiras. 
Fui chamado e escolhido 
Para uma missão especial. 
Levanto-me das cinzas 
Para guiar um grande povo 
Em direção ao desconhecido. 
Mas, sei bem quem me chamou 
Para essa grande missão 
E Ele vai conduzir-me a terra prometida. 
Nem o mar, nem os gigantes da terra 
Poderão impedir que esse povo 
Tome posse da herança do Senhor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 12 de dezembro de 2015

Longa espera


Fecho os olhos silenciosamente 
E deixo-me descansar do longo dia 
A noite cai vagarosamente 
E sua imagem permeia meus pensamentos. 
E, ao fechar os olhos, 
Você aparece sorridente. 
Tens um sorriso encantador 
Que espanta minha tristeza. 
Continuo com os olhos fechados 
Sei que não posso abri-los 
Para que a realidade apareça. 
Você, então, dança suavemente 
A dança mágica do amor 
E meu coração se alegra 
 Em ver tamanha beleza. 
É uma longa espera 
Para ver-te outra vez. 
Sinto o momento chegar 
E já não sei se tenho palavras 
Para dizer. 
Com os olhos fechados durmo 
E, nos meus sonhos, você é real. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Às noites são silenciosas quando quero pensar


Às noites são silenciosas quando quero pensar. 
Não ouço a respiração dos meus próprios medos. 
Deixo-me levar pelo silêncio da minha alma que busca alívio para a dor interna. 
De dia foram os sorrisos. 
Mas, à noite trás consigo a angústia de uma solidão que permanece no vazio da alma. 
Lá no fundo, o que quero é ter a liberdade de deixar escapar pelos meus dedos as ilusões escondidas dentro do coração. 
Lá fora as estrelas brilham e o vento sopra as folhas. 
Parece fazer frio. 
Mas, eu me escondo por entre os lençóis de cetim na esperança de não sofrer. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Coração de serpente



Coração de serpente é quente 
Fere a alma da gente 
E não existe antídoto para o seu veneno 
Somos atraídos 
Somos feridos 
E nos tornamos seres pequenos. 
Desde o jardim do Édem 
O sorriso engana 
Nos inflama 
Diz que nos ama 
E então nos deixa no sofrimento 
Não existe alento 
O brilho dos olhos ofusca 
Entramos em uma eterna busca 
Para curar a cicatriz 
E por um triz 
Somos devorados em nossa paixão 
Ah... Coração de serpente 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Tento dar paz ao meu viver



A alma anela por um dia de paz 
Na caminhada solitária da vida. 
O anseio de dias menos sufocantes 
Na trajetória por mim escolhida. 

O desejo que percorre o sentimento 
Estraçalha o coração 
Transforma os sonhos reais 
Na mais pura ilusão. 

Caminho na escuridão da noite 
Tentando dar paz ao meu viver 
Mas, seus olhos me perseguem na noite fria 
Dizendo-me que não posso te esquecer. 

Durante o dia escondo-me do sentimento 
E procuro nas lembranças me acalmar 
Seu perfume conduzido pelo vento 
Vem até mim e de você me faz lembrar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense