segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Se alguém me matar eu perdoo a morte


Ela ainda é uma jovem 
Mas está bem debilitada com o tempo 
Roupas em frangalhos 
Pele castigada pelas escoriações 
Olhos vermelhos de tanto chorar pelas madrugadas. 
Na sua angústia ela reclama de Deus 
Diz que Ele é o culpado de estar nesta situação 
Se Deus é Pai, porque me deixa sofrer assim? 
Prisioneira das drogas 
Precisa se prostituir para conseguir manter seu vício 
E, no seu desespero deixa rolar suas lágrimas. 

Ela já não é tão jovem 
Teve uma vida abençoada por um bom tempo 
Mas, agora se encontra pelos valados e sarjetas da cidade 
Em grupos eles se reúnem para fumar e ingerir suas drogas 
Sem uma perspectiva de solução. 
Está embaixo da ponte juntamente com outros na mesma situação 
Quando aquele homem de rosto simpático 
Desce até eles com alguns mantimentos 
Conversa com ela 
Sorri por fora e tenta ser gentil. 
Lembra-se dela todos os dias 
E leva-lhe compras sempre quando pode. 
Ele se despede e ela sente no seu coração que ele a ama 
Seu velho e querido pai que sempre a encontra 
Independente do buraco onde ela esteja. 

Ele ainda é jovem 
Anda pelas madrugadas, cansado das bebidas 
Das brigas e das mulheres da vida que se joga em seus braços 
Dentro da alma há um desespero 
Quer uma libertação para sua vida 
Ao caminhar chora silenciosamente pelo desespero 
De uma vida sem sentido. 
O que será do futuro? 
E nesse desespero da alma ele grita pelas ruas: 
- Se alguém me matar eu perdoo a morte! 

Essas histórias aqui ilustradas 
São verdadeiras 
Ao contemplar essas cenas me veio à pergunta 
- Deus, o que fazer? 
O que posso fazer é dizer nestas linhas 
Só Jesus Cristo é a solução para essas vidas! 
Ele veio buscar e salvar o que se havia perdido 
Aceite-O como Senhor e Salvador de sua vida 
E conhecereis a verdade 
E a verdade vos libertará! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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