quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Recuso a despedir-me


Eu me lembro com saudade 
O tempo em que seus olhos me fascinaram. 
O brilho intenso que neles vi 
Na tarde de um verão qualquer. 
O sonho desejado de uma felicidade 
Que invadiu a alma irrequieta. 
Fantasia de um amor que para mim sorria 
E prometia o paraíso. 
O tempo tão cruel e traiçoeiro 
Confundiu minha mente insana 
Tirando minha paz 
Escondendo o meu sentimento. 
O calor do seu corpo de outrora 
Transformou-se no frio gélido da manhã 
E as angústias de uma alma presa 
Que almejava a liberdade 
Corromperam minha imaginação. 
Sem despedida, saio da sua vida. 
Sem lamentar esse dia triste. 
Sei que não haverá lagrimas 
Porque o amor já não existe. 
Apenas o tempo, esse mesmo, 
Vai provar o quanto te amei. 
E, por amar-te tanto assim, 
É que recuso a despedir-me. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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