terça-feira, 5 de maio de 2015

Fuga



Olhos fechados 
Medo de ver o que acontece a sua volta. 
Chora na escuridão da noite 
E se entrega a uma revolta. 
Na luta solitária que travas 
Com seus próprios demônios 
Não consegue visualizar uma saída 
Para o desespero da alma. 
Incompreendido pelas circunstâncias 
Que o levam ao desespero 
Não se conforma com os acontecimentos 
Que tiram o seu sono. 
É preciso haver uma fuga 
Uma libertação das amarras que o prende 
Fugir para longe 
Do que o faz esquecer de que tens uma vida. 
No despertar da fúria 
Tenta encontrar uma força que o liberte dessa dor 
Sem perceber que essa força existe em si mesmo 
No mais profundo de seu ser. 
Caminhaste com seus próprios pés a essa situação 
E, com os mesmos pés deverá se libertar. 
Não é vergonha dar passos de volta 
E recomeçar de onde errou. 

Poema: Odair

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