sábado, 30 de agosto de 2014

Sociedade tecnológica



O Computador 
Prende o “viajante” diante de uma tela
Onde ele se sente “livre”
Para “navegar” horas intermináveis.
“Comunica-se” com todo o mundo
É quase sempre um “poliglota”,
Que se fecha com sua “tribo”
E nunca sai do seu país,
Às vezes, nem do seu bairro.
Vive em um mundo virtual
Porque não conhece a realidade
Que pensa viver através da tela.

O automóvel
Exemplo de dependência e ilusão
São as rodas da vida
Símbolo de status
Mas, que só é possível
Para pequena parcela da população.

O celular
Com seus fones a encher os ouvidos
São os fios da vida.
Possibilita comunicar com pessoas de outros continentes
E dificulta saber
Quem é o vizinho do lado.

Todas essas necessidades supérfluas
Angustiam o homem moderno.
Como ser feliz
Com todos os vícios
Produzidos pela decadência
Moral dessa sociedade?

Poema: Odair

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Que essa ilusão morra enquanto ainda é esperança




Que eu possa viver sem medo 
De que um dia vá embora 
E leve com você a minha alegria. 
Você que é saudade 
Antes mesmo de partir 
Que enfeita meus sonhos antes de dormir. 

Não deixe a tristeza 
Invadir seu coração. 
Olhe nos meus olhos e veja 
A esperança que há em mim 
Ao desejar o seu amor. 

Sufoco a paixão que há no meu peito 
Que ergue os braços para te alcançar. 
Não abro os olhos 
Pois tenho medo de você não estar mais aqui. 

Que essa ilusão tenha fim 
Que ela morra enquanto ainda há esperança. 
Sofrerei menos 
Pois não saberei a cor de seus olhos 
Pelos quais me apaixonei perdidamente.

Poema: Odair

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Antes de amar-te meu coração ficou recordando tua boca



Nem mesmo nos meus sonhos mais bonitos
Pude contemplar tanta beleza
De uma boca tão pequena a sorrir
E mostrar-me um coração sem tristeza.

Um sorriso tão belo e sedutor
Surgiu de sua boca tão pequena a sorrir
Que pairou em meus olhos
O desejo louco de, com ousadia, a possuir.

Antes de amar-te com essa paixão
Meu coração ficou recordando tua boca
A entregar-se na volúpia de um beijo ardente.

E nas noites quentes de verão
Desejo-te com uma paixão muito louca
Para saciar a minha alma tão carente.

Soneto: Odair

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O encanto que você tem




O brilho de seu olhar em meio a multidão 
Quando procuram os olhos meus 
Causa em mim uma sublime tentação 
Que procuro esconder dos olhos seus. 

O encanto que você tem 
É o castigo que trago em meu coração 
Pois, depois de conhecer-te, mais ninguém 
Consegue dar paz a minha razão. 

Quando você surge em cada amanhecer 
Provoca em mim um forte desejo 
De amar-te com um amor pra valer 
E, sufocar em mim esse ensejo. 

O encanto que você traz em seu olhar 
Mas, que também, em seu sorriso 
Faz com que o desejo em te amar 
Me transporte ao mais lindo paraiso. 

Não sei se algum dia posso ter você comigo 
Mas, caminho com essa esperança 
De não ser apenas seu amigo 
E sim um amor que fique na lembrança. 

Poema: Odair

sábado, 23 de agosto de 2014

Na manhã do tempo



Na manhã do tempo
Eu pedi um tempo para te esquecer.
O tempo passou
Nada em mim mudou
E sem você eu não consigo viver.
O tempo não consegue
Tirar você do meu coração
E eu choro sem razão
Ao saber que o tempo não volta mais.
Tudo seria diferente
Se eu pudesse voltar outra vez
A ver os seus olhos
Que nem o tempo me faz esquecer.

Poema: Odair

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Por isso eu canto o amor



Aventureiro a sonhar com conquistas
De tesouros escondidos pelo mar,
Não sabendo que o maior à minha vista
É a beleza desse seu olhar.

Nas noites sonhei sonhos loucos
Imaginei alcançar o paraíso
Esquecer os seus olhos tampouco
Muito menos o seu lindo sorriso.

E por isso eu canto o amor
Que insiste em meu coração morar
E, à minha alma, dá calor.

Amor que não me deixa te esquecer
Que a todo instante me faz lembrar
Que minha vida é pelo seu viver.

Poema: Odair

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dia do Historiador




Historiador é aquele que, de forma
Incrível,
Seleciona seu conteúdo de pesquisa,
Tema ou assunto e
Observa os acontecimentos.
Resolve, então, dar vidas aos fatos
Instituir novas abordagens
Ao fato esquecido
Dando-lhe novas interpretações,
Organização e
Rompendo com os paradigmas estabelecidos.

Acróstico: Odair

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A Solidão e o Cativeiro



Não existe o amor ao próximo
Que não seja interesse
Dos olhos saem à falsa esperança
De que haverá dias melhores.
Sanguessugas a sugar até a última gota de sangue
De almas desoladas na escuridão.
Querem que acredite no amor
E rasgam-me a alma na primeira esquina
Tirando de mim a esperança de sorrir.
A solidão é passageira
E haverá um novo dia
É o que me dizem querendo que acredite
Na utopia.
Existe um cativeiro a prender-me
Na lúgubre escuridão do tempo.
Tento soltar-me e não consigo
E olhos ficam a espreitar-me como agulhas sanguinolentas.
Soltem as amarras da hipocrisia
De homens que desejam alcançar o cume da montanha.
Não espere meu grito
Pois, em silencio devo permanecer.
Esse falso amor que me cerca
Pede-me que acredite nas falácias que ouço diariamente.
Esse amor é tão egoísta
Que não se pode afirmar que seja amor
Não dá forma que sempre acreditei.
Com o passar dos dias
Meus passos são trôpegos e indecisos
Pois, a realidade é mais tenebrosa do que o sonho.
A solidão é fera e ruge dentro de mim
O cativeiro é horripilante e frio.
Gotas odoríficas pingam incessantemente
E surrupiam minha mente
A ponto de me deixar louco.
Minhas unhas já não existem
Ficaram presas nas frestas da prisão
Quando tentei me libertar.
Tento ver a luz no fim do túnel
Ela vagarosamente se dissipa
E eu não sei se é à noite chegando com seus temores
Ou minha visão que já está indo embora
Sem dar-me outra chance.
Então me sento à beira do poço
E fecho os olhos.

Poema: Odair

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Meu coração caminha com você



Há um silêncio em seu olhar
Que espalha o mistério de seu coração,
Não vejo a luz que iluminava nosso caminho
E não encontro direção para caminhar.

O sonho é desfeito na imensidão
E corrói toda alegria de tempos idos
Onde havia a beleza do amanhecer
E sorrisos sempre tão queridos.

No limiar deste amor tão singelo
As esperanças já não são as mesmas de outrora
Onde havia a confiança e a partilha
Dos sonhos que não há mais agora.

Eu tenho medo de seguir sozinho
Mas, não tenho outra escolha sequer,
Pois, o caminho está diante de mim
E seguir adiante é o que se requer.

Meu coração caminha com você
Para onde os seus passos seguir
Pois, sei que sua vida merece toda felicidade
E o tempo deve te fazer outra vez sorrir.

Meu medo de caminhar sozinho é justificável
Pelo fato de saber que pessoa tão incrível assim
Pode ser impossível encontrar neste mundo
Que possa com tanto carinho cuidar de mim.

Mas, se o destino é ser assim
Não há muito que fazer
A não ser seguir a jornada
Que resta a nós viver.

Poema: Odair

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Não são apenas palavras soltas



Não são apenas palavras soltas
O que quero dizer
São memórias de um sentimento
Que povoam as lembranças de ti.
É um refúgio onde me escondo para aliviar
A dor de um coração que sente sua ausência.
Poderia voar se asas tivessem
Os meus pensamentos a buscar-te no infinito.
Mas, meus pés encontram-se presos
Nessa redoma de vidro que embaça o seu olhar.
As palavras saem
Elas querem guardar
As marcas indeléveis que deixou em mim
E que causam a minha dependência de você.
Não são palavras soltas
São saudades de um tempo tão bom
Que jamais podem ser apagadas do coração.

Poema: Odair

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O amor que está no meu coração



Sabe o que sente meu coração?
Um amor que não me deixa pensar direito em mim
Pois só penso em você.
Em tudo que vejo
Contemplo o seu lindo olhar a me encantar.
Sou a folha levada pelo vento
Até encontrar o seu sorriso.
Você está em mim
E eu não consigo pensar em mais ninguém
Que não tenha o brilho do seu olhar.
Meu coração sente um amor
Que está acima de qualquer outra coisa
E caminho em meio às flores
Pensando na beleza do seu olhar.
Em meu coração está um sentimento sublime
Que me faz desejar-te a todo instante
E sinto-me feliz em te amar
Com um amor incondicional.
O amor que está no meu coração
Não pode ser explicado com palavras
Apenas pode ser sentido no coração
E você pode contemplá-lo no meu olhar.

Poema: Odair

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Amor, que não perdoa deixar de amar aquem ama



Um sentimento que domina o coração
Não permitindo olhar para outro lado.
Só pensa na sensação maravilhosa
Que é estar ao seu lado.
Esquecer é impossível
Não pensar é improvável
Pois, o coração só sabe te amar.
Amor que não perdoa
Deixar de amar a quem ama.
Não tem como explicar tal sentimento
Porque ele brota da alma
Como uma fonte de água
E cresce como um rio até desaguar no mar.
Seus olhos tão meigos
Seu sorriso tão singelo
É a causa dessa paixão.
E, por mais que possa tentar,
Nunca vou deixar de te amar.

Poema: Odair

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Amor, que rápido incendeia todo o coração



Um sentimento que toma conta da nossa vida
Que invade cada recôndito da alma
Tira à calma
E nos faz suspirar apaixonado.
Um olhar,
Um sorriso
E até mesmo um gesto
Pode principiar tudo
E não há mais jeito de controlar.
O amor,
Que rápido incendeia todo o coração
Pode vir de uma pequena fagulha
Do fundo desse olhar.

Poema: Odair

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A Tristeza da Saudade



I
Sinto no meu coração um vazio
Que remonta uma saudade
Não há calor que me aqueça nesse frio
E me faça encontrar a felicidade.
II
O sol desponta frio, 
Enquanto pelas ruas vagueio solitário 
Meu coração armazena lembranças do passado 
Como peças antigas esquecidas num armário. 
III
Neste caminhar envolto em solidão
Lembro-me dos lindos olhos que amei
E ao lembrar dói-me o coração
Por não ter mais o sonho que sonhei.
IV
Eu queria poder ficar a vida inteira dentro desse olhar 
Queria que absolutamente nada pudesse nos afastar 
Mas, a geada nebulosa envolveu meu coração 
E esse olhar perdido, desapareceu de minha visão. 
V
Hoje choro essa ausência tão sentida
Que alegrava as manhãs floridas de verão
Dava rumo certo a minha vida
E afastava de mim a ilusão.
VI
Tento pintar um quadro dos dias passados 
Mas as cores se voltam todas para o cinza 
Sem a magia desse olhar ao meu lado 
Esses são os dias da tristeza da saudade 
Dias que me roubam a alegria 
De sonhar com os dias da eternidade. 
VII
Se for certo que pode haver um alívio
Para o coração que é sofredor,
Que sente a tristeza da saudade
A provocar-lhe imensa dor;
Com certeza é o olhar daquela pequena
De volta a lhe oferecer seu amor.

Poema: Odair José e Keith Richards

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Eu não sei



Eu não sei onde essa história vai dar
Mas, eu sei onde tudo isso começou.
Eu não sei me declarar
Mas, eu sei dizer o que em mim você encontrou.

Eu não sei te agradar
Mas, eu sei que facilmente consigo te decepcionar.
Eu não sei muitas coisas superar
Mas, eu sei que quando te abraço deixo tudo para trás.

Eu não sei o que se passa em seu coração
Mas, eu sei como descobrir.
Eu não sei expressar essa paixão
Eu só sei sentir.

Poema: Carol Hasselstrom
Dedicado: Denner