segunda-feira, 26 de março de 2012

O Preço do Amanhã



Acordo em meio as luzes do alvorecer
E o brilho do sol ofusca minha visão;
Busco a esperança alcançar
E a paz para o meu coração obter.

Não tenho mais a ilusão do sofrimento
Pois, seus olhos já não consigo ver.
A alegria de uma noite serena
Desfaz-se com a brisa do amanhecer.

Sou a solidão de uma tarde vazia
A clamar por compreensão;
Choro a despedida de um olhar
Que se desfaz na escuridão.

O preço do amanhã são as lembranças
De um tempo que não volta mais;
Quero ser o peregrino que descansa
Seus pés na praça e no cais.

Falo de um tempo que se foi
E de uma esperança que não mais existe;
Seu sorriso desfeito na penumbra
Transformou-se no silêncio tão triste.

Antes que o sol adentre minha alma
Vou caminhar pelo horizonte distante
Deixar que o vento me carregue
Além das nuvens de esplendor radiante.

Quero ter a liberdade do amanhã
E viver para te amar;
Que os sonhos possam existir
E nunca venha terminar.

Poema: Odair

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