sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sonhos de Fim de Ano



No apagar das luzes
De um ano que se finda
Nasce dentro de nós
A esperança que resta ainda.

Os sonhos de Fim de Ano
Renovam-se no alvorecer
Do Ano vindouro
Que joga suas luzes no nosso viver.

Promessas que não cumprimos
Voltam a fazer parte dos nossos anseios
E a esperança de fazer tudo certo
É a chama que, de sonhos, nos deixam cheios.

Do ano que se finda
Resta a nós a simplicidade
Do que aprendemos nas lutas
E do que nos deixará saudade.

Do ano que se inicia
Teremos a oportunidade
De fazer tudo certo
E alcançarmos a felicidade.

Poema: Odair

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Natal de Stone Halls



Aconteceu em uma pequena cidade do Mato Grosso
No final dos anos oitenta
Circulava pela pequena praça da vila
Uma criança que tinha uma vista atenta.

Na noite anterior, véspera de Natal,
Tinha observado as pessoas em festa
Que passava por ele em meio burburinho
Sem saber que em seu estômago nada resta.

Há poucos dias passados sua mãe tinha ido embora
Deixando que ele pudesse sobreviver
Sem a proteção que só uma mãe pode dar
Em um mundo difícil de crescer.

O pai tinha que trabalhar para sustentá-lo
E com ele não podia, naquele dia, estar.
Enquanto as pessoas festejavam
Para ele não sobrava nem um olhar.

O cheiro suave das carnes sendo assada
Em suas narinas chegavam
Deixando sua fome mais apertada
E uma tristeza que seus pensamentos solapavam.

Não sabia por que passava por aquilo
Pois era uma criança que desejava a felicidade
Que tanto propagavam nesses dias
Mas que, para ele, só existia a saudade.

Com os olhos fundos de tristeza
Olhava para as casas cheias de gente
Sentia-se sozinho naquele universo
E sabia que, para eles, era indiferente.

Em sua cabecinha ficava uma inquirição
Que parecia resposta não ter
Por que falavam tanto em espírito natalino
Se ninguém importava com o seu sofrer?

Poema: Odair

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Por sua causa tenho lindos sonhos de amor



Meus olhos procuram ver no horizonte
Uma forma mais bela do que seu olhar
Mas, na procura incessante,
Nada encontra mais sublime para amar.

Meus pensamentos voam distante
Na busca de um sonho mais ditoso
Mas, não consegue encontrar,
Amor que seja mais formoso.

Por sua causa tenho lindos sonhos de amor.
Sonhos que sonho até mesmo acordado
Pois, penso em você a todo instante,
E desejo sempre você ao meu lado.

Seus olhos são a causa desse sentimento
Aflorar de meu peito como lava de um vulcão.
Desde que a vi a sorrir, só sei pensar em você
E não consigo tirar seu sorriso do meu coração.

Como o prisioneiro deseja ter a liberdade
E o peregrino ver sua terra natal
Desejo que esse amor prospere
Pois, você, para mim é a pessoa ideal.

Poema: Odair

sábado, 3 de dezembro de 2011

Alvorada Voraz



Sinto o seu perfume espargido pelos ares
Numa fragrância que conquista e seduz
Detenho-me, então, no amanhecer
Pois, seu encanto, ao paraíso me conduz.

Fico imaginando nos dois
Fixando no mesmo ponto o olhar
Abraçados numa comunhão perfeita
Que entrelaça as formas de amar.

Na alvorada voraz da vida
Seus olhos foram o encanto da felicidade
Que chegou ao coração solitário
E espantou toda a saudade.

O amor é o presente de cada alvorecer
Que vejo nos seus olhos, querida,
A razão da felicidade que tenho
E que sempre quero em minha vida.

Poema: Odair