sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Às Margens do Rio Paraguai II


Um sol ofuscado e tosco cobre a cidade
Cheia de poeira e fumaça
Sufocados pelo clima da nossa realidade
Que maltrata implacavelmente quem passa.

Às margens do Rio Paraguai
Já não se vê o pôr-do-sol encantador
Ouve-se o lamento e gemido de ai
De quem não suporta esse calor.

O Rio lamenta e se contorce
Como uma serpente sem direção
Sente a ausência das chuvas e retorce
E as águas não caem nesse chão.

Há um lamento geral na população
Que enfrenta esse ar sufocante
Mas isso é fruto da própria ação
De gente tão petulante.

As belezas da natureza foram cruelmente
Exploradas para satisfazer
Vidas que só tinham em mente
Realizar seu bel prazer.

O vermelho sangue de um sol triste
É a imagem da desolação
De ações destruidoras que insiste
Em mostrar os abusos da nação.

Se existe ainda alguma esperança
Que possa recuperar nossa paisagem
Para que não vivamos só de lembrança
Está é à hora de fazer essa viagem.

Poema: Odair

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O que resta é a saudade


Senti que o mundo havia acabado essa noite
Na distância que não mais vi o seu olhar
No meu peito bateu forte o açoite
Do medo em não me acostumar.

Diante do amor que revelei por ti
Saber que agora não mais me pertence seu coração
Pois seu amor já não está aqui
E caminhas em outra direção.

Meus pés deslizaram na solidão
De uma tristeza sem fim
Ao ver você fugir de mim.

Já não posso viver essa ilusão
De um amor que não me traz felicidade
O que me resta? Só a saudade!

Poema: Odair

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Seu lindo olhar


O amor que nasceu no meu peito
Quando vi o seu lindo olhar
Não me deixa dormir direito
Pois só sei em você pensar.

Trova: Odair

sábado, 14 de agosto de 2010

Existência de vidas desoladas


Sentado solitário e reflexivo
No banco da praça
Observo o que acontece a minha volta
Para descobrir se a vida tem graça.

É fácil perceber um grupo de pessoas
Todos os dias por ali
Envoltos em seus afazeres rotineiros
Como se tudo acabasse aqui.

Corpos esqueléticos e fedorentos
Fumam maconha e cheiram cocaína
Sob a luz do sol
Acabam-se injetando heroína.

Olhares distantes revelam
A angústia de almas desoladas
Que entornam corotinhos de pinga
Na alegria falsa de suas risadas.

Pessoas sem nenhuma espectativa
Na existência dessa caminhada
Triste vidas de pessoas que não vivem
A alegria da alvorada.

Então penso nas oportunidades
Que recebo a cada alvorecer
De poder contribuir para a posteridade
Com a expressão do que é viver.

Nossa sociedade hipócrita deveria
À essas pessoas seus olhos voltar
Pois são almas que necessitam amparo
De outras que saibam amar.

Poema: Odair

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Abstração



Seu olhar na noite escura
Fez a luz ser ofuscada
Pelo brilho da sua tristeza
Que rompeu na madrugada
Do sonho introspecto
Abalado pelo pesadelo
De não mais te contemplar
Na miragem do desfiladeiro
Onde não cosegui segurar a queda
Do castelo que criei
No entardecer do dia alegre
Que aqui imaginei.

Poema: Odair

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sentimento



Um amor que o tempo não apaga
E lembranças que não se vão
De um sentimento que sinto
Por alguém que conquistou meu coração.

Seus olhos sedutores
Em uma noite de luar
Invadiram minha alma
E fez-me te amar.

A alegria que sai de seu sorriso
Transformou o meu viver
Desfazendo as nuvens negras
Em um novo amanhecer.

Agora de todo meu coração
Quero falar desse sentimento
Que sinto por alguém
Que não sai do meu pensamento.

Poema: Odair

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Como uma chuva

Hoje o dia está tão sereno
Procuro o seu olhar em meio aos ventos
Ventos que sussurram nas árvores
Não sinto o seu sorriso
E como ele me faz falta
Sinto que o dia passa devagar.
A saudade é muita!
E por que sentimos saudades?
Pelo pouco que convivemos
Saudade do que foi bom e marcou
Sua chegada foi tão marcante que é inesquecível!
Foi como uma chuva forte depois de meses sem chuvas...
O cheiro de terra molhada é semelhante ao seu perfume
Não é possível deixar de pensar em você!!!

Poema: Odair

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Porque te amo

Por mais que se procure uma definição
É impossível descrever tal sentimento
Um amor que se move no coração
E não sai do meu pensamento.

Desde o dia em que descobri na primavera
Seus lindos olhos a brilhar
Uma paixão tomou conta da minha vida
E hoje eu só sei em ti pensar.

Perguntas por que te amo
Mas é difícil responder
Pois o sentimento que sinto por você
Não é fácil descrever.

Amo-te porque você é linda
Por que tem na alma uma magia
Que transforma os dias tristes
Na mais perfeita alegria.

Amo-te porque tem um sorriso encantador
Que alegra a minha alma
Mesmo nos dias de incertezas
Ele me transmite a perfeita calma.

Amo-te porque é o amor
Que sempre quis para mim
É a flor que alegra meus dias
Nesse magnífico jardim.

Poema: Odair
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