sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Por quem derrama suas lágrimas?


Era ainda uma criança
Olhos meigos e tristes ao mesmo tempo
Cheia de sonhos e fantasias
De um mundo que se apresentava diante de si.

Sentia o vazio de uma vida solitária
Desde que fora abandonada
Caminhava longas horas pelas ruas
Na esperança de encontrar uma boa alma.

O olhar daquele jovem a salvou
Aquecendo seu corpo frio após uma noite gelada
Demonstrou a ela mais do que compaixão
Ao entregar-lhe o seu amor.

As noites frias foram substituidas
Pelo corpo quente e feliz daquele jovem
E, seus sonhos foram renovados,
Com a alegria de ser amada por alguém.

Os tempos de alegrias revelaram uma outra solidão
O desejo de sentir outro corpo
Mesmo sabendo que não tinha esse direito
Na penumbra da noite ela arriscou.

Entregou seu corpo e alma ao amante
Vivendo uma vida de pura emoção
Mas, como nada na vida fica oculto
Suas aventuras foram descobertas.

Com os olhos cheios de lágrimas
E o coração apertado de arrependimento
Ela sente o frio das ruas outra vez
E o abandono de quem a amou loucamente.

Por quem derrama suas lágrimas?
É a pergunta que se faz.
Pois, alcançou a felicidade em um amanhecer
E, na noite da aventura, jogou sua vida fora.

Poema: Odair

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