quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Sonhos de Fim de Ano


No apagar das luzes
De um ano que se finda
Nasce dentro de nós
A esperança que resta ainda.

Os sonhos de Fim de Ano
Renovam-se no alvorecer
Do Ano vindouro
Que joga suas luzes no nosso viver.

Promessas que não cumprimos
Voltam a fazer parte dos nossos anseios
E a esperança de fazer tudo certo
É a chama que, de sonhos, nos deixam cheios.

Do ano que se finda
Resta à nós a simplicidade
Do que aprendemos nas lutas
E do que nos deixará saudade.

Do ano que se inicia
Teremos a oportunidade
De fazer tudo certo
E alcançarmos a felicidade.

Poema: Odair

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Por quem derrama suas lágrimas?


Era ainda uma criança
Olhos meigos e tristes ao mesmo tempo
Cheia de sonhos e fantasias
De um mundo que se apresentava diante de si.

Sentia o vazio de uma vida solitária
Desde que fora abandonada
Caminhava longas horas pelas ruas
Na esperança de encontrar uma boa alma.

O olhar daquele jovem a salvou
Aquecendo seu corpo frio após uma noite gelada
Demonstrou a ela mais do que compaixão
Ao entregar-lhe o seu amor.

As noites frias foram substituidas
Pelo corpo quente e feliz daquele jovem
E, seus sonhos foram renovados,
Com a alegria de ser amada por alguém.

Os tempos de alegrias revelaram uma outra solidão
O desejo de sentir outro corpo
Mesmo sabendo que não tinha esse direito
Na penumbra da noite ela arriscou.

Entregou seu corpo e alma ao amante
Vivendo uma vida de pura emoção
Mas, como nada na vida fica oculto
Suas aventuras foram descobertas.

Com os olhos cheios de lágrimas
E o coração apertado de arrependimento
Ela sente o frio das ruas outra vez
E o abandono de quem a amou loucamente.

Por quem derrama suas lágrimas?
É a pergunta que se faz.
Pois, alcançou a felicidade em um amanhecer
E, na noite da aventura, jogou sua vida fora.

Poema: Odair

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Natal de Stone Halls


Aconteceu em uma pequena cidade do Mato Grosso
No final dos anos oitenta
Circulava pela pequena praça da vila
Uma criança que tinha uma vista atenta.

Na noite anterior, véspera de Natal,
Tinha observado as pessoas em festa
Que passava por ele em meio burburinho
Sem saber que em seu estômago nada resta.

Há poucos dias passados sua mãe tinha ido embora
Deixando que ele pudesse sobreviver
Sem a proteção que só uma mãe pode dar
Em um mundo difícil de crescer.

O pai tinha que trabalhar para sustentá-lo
E com ele não podia, naquele dia, estar.
Enquanto as pessoas festejavam
Para ele não sobrava nem um olhar.

O cheiro suave das carnes sendo assada
Em suas narinas chegavam
Deixando sua fome mais apertada
E uma tristeza que seus pensamentos solapavam.

Não sabia por que passava por aquilo
Pois era uma criança que desejava a felicidade
Que tanto propagavam nesses dias
Mas que, para ele, só existia a saudade.

Com os olhos fundos de tristeza
Olhava para as casas cheias de gente
Sentia-se sozinho naquele universo
E sabia que, para eles, era indiferente.

Em sua cabecinha ficava uma inquirição
Que parecia resposta não ter
Por que falavam tanto em espírito natalino
Se ninguém importava com o seu sofrer?

Poema: Odair

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Sentimento


O sentimento que trago no coração
É a chama que me faz viver
Saber que você não é ilusão
Ajuda minha alma crescer
Se existe na vida uma razão
Em seus olhos pude ver
Hoje vivo essa linda paixão
Que nem o tempo me fará esquecer.

Poema: Odair

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Minhocão Existe


Na bicentenária cidade cacerense
Às margens do Rio Paraguai,
Segundo as lendas regionais
Existe um minhocão sob a igreja matriz.

Almas passadas confessam
Que viram a serpente caudalosa
Habitando o espaço natural
Entre o rio e a igreja.

Habitantes do presente afirmam
Terem visto tal criatura
Deslizar pelo esgoto da cidade
Nesses dias tão chuvosos.

Talvez essa seja a explicação
Para o entupimento desses esgotos
O minhocão tem obstruido a passagem da água
E causado essa grande inundação.

Poema: Odair

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Incontrolável




O sussurro na noite silenciosa
Seu corpo sendo coberto pela emoção
Sentindo o pulsar de seu coração.

A loucura de um amor
Que provoca na alma sedutora
Um desejo incontrolável.

Não importa ter que explicar
As marcas do amor
Isso é algo inexplicável.

Poema: Odair

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O olhar que tens



Seus olhos fizeram-me apaixonar
Ao irradiar tamanha beleza
Sonhos que me levou te desejar
Depois de ver a sua singeleza.

O olhar que tens, menina linda,
É um encanto feito pelo criador
Desperta nas almas inocentes
O desejo pelo seu amor.

O sorriso, singelo e encantador
Consegue o coração alegrar
Ao sorrir com sua alma
Faz-nos, por ti, apaixonar.

Você é uma flor, em um jardim florido,
Que exala uma fulgurante fragrância
Você é uma linda rosa
Repleta de elegância.

Falar de sua beleza é simples
Pois você tem uma beleza que seduz
Ao poeta que te descreve
O sonho de seus olhos conduz.

Poema: Odair

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Alvorada Voraz



Sinto o seu perfume espargido pelos ares
Numa fragrância que conquista e seduz
Detenho-me, então, no amanhecer
Pois, seu encanto, ao paraíso me conduz.

Fico imaginando nos dois
Fixando no mesmo ponto o olhar
Abraçados numa comunhão perfeita
Que entrelaça as formas de amar.

Na alvorada voraz da vida
Seus olhos foram o encanto da felicidade
Que chegou ao coração solitário
E espantou toda a saudade.

O amor é o presente de cada alvorecer
Que vejo nos seus olhos, querida,
A razão da felicidade que tenho
E que sempre quero em minha vida.

Poema: Odair

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

36


36 é o número de anos que completo hoje...
Um lapso de vida em meio a vastidão do universo.
Momentos que são eternos
Pois traduzem sentimentos de uma vida abençoada.
Agradeço a Deus pela vida que me deu
Pois no Livro dEle
Os meus dias estão registrados antes mesmo do meu nascimento.
Cada segundo que vivo
É pela grande misericórdia de um Deus soberano
Que soube me amar e cuidar
Mesmo eu não sendo merecedor desse cuidado.
Agradeço de coração pelos amigos que tenho
Pela familia maravilhosa
Pelo conhecimento que me proporcionou adquirir
E, por fim, por todas as coisas boas que aconteceram nesses 36 anos.
Creio que dias maravilhosos ainda estão por vir
E, confiando nessa Graça Maravilhosa
Sigo na esperança de uma vida sob o cuidado de um Deus que me ama.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Igual ao Sol


Qual seria o sentido da vida
Se tivesse dado-lhe aquele beijo?
Os sonhos são tantos
Os desejos são enormes.
Mas você é igual ao sol.
Posso vê-lo todo dia, no entanto, nunca posso alcançá-lo.
Assim é você com seu encanto.
Se eu quiser posso vê-la todo dia,
Mas de que adianta?
Parece que nunca vou tê-la em meus braços.
Me diga de uma vez
O que é melhor para mim.
Por que ter medo de viver esse momento
Se a vida passa tão rapidamente?
Qual será o sentido da vida
Quando estiver velha e se lembrar
Que nunca me deu uma chance de provar
Os seus lábios de menina?

Poema: Odair

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Elogio a Ignorância


Quem são estes que insistem no conhecimento
Como sendo a razão completa da vida?
Se a vida que vivemos é uma busca incessante
Pela sabedoria em algum lugar escondida.

Clamas nas praças e avenidas
Que o conhecimento é a solução dos problemas
E, quanto mais conhecimento se tem ao longo do tempo,
Mais aumentam nos homens seus dilemas.

Eis que vive em cada esquina e ruas da cidade
Aquela que os abraça com um adoto apertado
Dentro das salas e bancos escolares
Fazendo dos homens um eterno dominado.

Ela está em toda parte e com todos
Legando os seus tentáculos com suave dominação
Provando que o conhecimento não existe
E que ela é a senhora da vida e do coração.

Poema: Odair

sábado, 10 de outubro de 2009

Bicicletas em Cáceres.

Pedalar...
Pedalar...
Pedalar...
Até no meu destino chegar.



Poema: Odair
Fotos: Odair
Montagem: Odair

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Cáceres 231 anos - Parabéns Princesa!


Cáceres do meu sonho
e da minha realidade.
Nascer, crescer e viver em ti
Me enche de felicidade.

231 anos completas hoje
Cheia de alegria e paz.
Aos que te amam um abraço
E que não te esqueçam jamais.

Poema: Odair.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quando se ama de verdade


As noites sempre são de escuridão
Mesmo que sejam iluminadas de esplendor.
Os dias sempre são de esperança
Mesmo que o sol não dê o seu fulgor.

Por mais que se viva uma noite de angústia
Existe uma nova existência ao amanhecer;
E os momentos de tristeza que possas passar
São transformados em uma nova razão de viver.

Quando se ama de verdade
O cheiro da flor tem mais fragrância;
Mesmo que sejas ferido pelos espinhos
A beleza da rosa tem mais elegância.

Nada melhor que o sorriso da pessoa amada
Para espantar o isolamento do coração;
O calor do corpo aquece a alma
De quem esteve na solidão.

Por tudo que possas passar na vida
Só o verdadeiro amor pode ser a razão
De conduzir a exata paz interior
E dar serenidade ao coração.

Poema: Odair

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Corinthians, Tu és o Maior...


Assim como surge o sol radiante
Em uma linda manhã de esplendor,
Surgiste em minha vida como brilhante
Trazendo alegria, tristeza, esperança e dor.

Eu falo do grande alvinegro paulista
Clube das multidões, de raça e glórias,
Nas arquibancadas, estádios, ou na revista
Estão registradas suas inesquecíveis vitórias.

Corinthians, tu és grande, tu és forte,
Sua torcida inflama como ursos pelo mel.
Por ser grande, vitorioso e não temer a sorte
Sua torcida maior chama-se Gaviões da Fiel.

Alvinegro guerreiro, sempre ganha com raça
Nos gramados do mundo e do Brasil,
Sempre com luta erguemos a taça
Onde só batalha e vence o mais viril.

Corinthians, tu és o maior em nossos corações
Quem é corintiano sabe o que é viver;
Timão que sempre nos traz grandes emoções
Serei corintiano até morrer.


Poema: Odair

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Às Margens do Rio Paraguai


Em um dos lugares mais bonito da terra
Às margens do Rio Paraguai formoso
Ergue-se a princesinha,
Cáceres, de sonho tão ditoso.

Uma cidade bicentenária
De histórias e lendas sedutoras
Que abriga em seu seio as diferentes famílias
Que dessa sociedade são construtoras.

Casarões antigos retratam o passado
De pessoas que aqui lutaram para essa construção
Contrastam com o moderno
De mentes que fazem a revolução.

O pôr-do-sol no cais
É um espetáculo feito pelo criador
Onde os poetas e pensadores
Registram suas histórias de muito valor.

Ao olhar a destruição que fazem contigo
Os olhos choram a tristeza
De uma sociedade ambiciosa
Que só pensam construir a beleza.

Mas, que pensando costruirem, destroem
As belezas que existem em ti
Modificando, de forma predatória,
Tudo que foi construido aqui.

A Ponte Branca já não existe mais.
Pois, foi destruida sem piedade
Ela que contava grande história da cidade
Hoje, deixa apenas saudade.

Até quando o homem moderno
Que se diz civilizado e progressista
Vai destruir as belezas de ti
Por um ideal narcisista?


Poema: Odair

domingo, 23 de agosto de 2009

Meu Amor Não Foi Desejo


Aquele beijo à tempos sonhado
De uma linda boca desejada
Foi a fatalidade de uma despedida
Que para sempre será lembrada.

O meu amor por você
Não foi apenas um desejo
Foi um sonho a muito almejado
Que se confirmou na ternura do beijo.

Meu amor não foi desejo
Foi o encontro da felicidade
De uma ternura consentida
Que se transformou em saudade.

O sonho daquele encontro
De alma tão apaixonada
É a eterna lembrança de ternura
Que não pode ser controlada.

Hoje meu coração sofredor
Vive a vagar tão sozinho
Esquecestes de um amor tão terno
E levastes para longe o teu carinho.

Poema: Odair.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O Que é o Amor?


Uma emoção indefinida
Um suspiro na alma
Um vento forte
Que tira nossa calma.

Uma sensação incrível
Um brilho no olhar
Um desejo instanâneo
Ao ver seus olhos brilhar.

Uma paixão violenta
Que desponta no coração
Um sentimento incontrolável
Que invade a emoção.

Mil poemas escreveria
Tentando definir o amor
E mais dez mil poderia desenvolver
Se tivesse vigor.

O amor é indefinível
Na sua essência de ser
Fala ao coração que o certo
É o amor deixar acontecer.


Poema: Odair

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Por um punhado de dinheiro


Na esquina da vida estou
Na espera de um dinheiro
Para que possa me alimentar amanhã
E não passe fome o dia inteiro.

Por um punhado de dinheiro
Entrego meu corpo a qualquer um
Que esteja disposto a pagar pelo prazer
Sem sentir remorso algum.

Essa é minha sina
Desde que sai de casa menina
E ao mundo perdido me entreguei.

As noites de amor intenso
Causa-me um sofrimento imenso,
Não era essa a felicidade que sonhei.


Poema: Odair

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Saudade te traduz em Sentimento


O vermelho do coração

A taça de vinho, a felicidade...

De onde estou procuro seus olhos,

Onde estás, minha Saudade?

(Sentimento)


Num gole de desejo

Embebeda-me de vontade

Novamente sentir o teu beijo

Mas a distância se faz realidade

(Saudade)


Sou o desejo na forma de poesia

Que almeja seus beijos sentir

Que rompe essa distância

Para em seus braços dormir

(Sentimento)


Adormeço em teus abraços

Pela porta te vejo sair

Novamente ficarei a esperar

O dia que não verei-te partir

(Saudade)


Que o vinho nos alegre o coração

E nos entrelace na mesma emoção

Entre o sentimento e a saudade

Seguiremos na mesma direção

(Sentimento e Saudade)


╬ TÎG€Я ╬ ODAÎЯ ╬


Obs: Poema feito em parceria com minha amiga Gaby (Tiger)


terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Perfume e a Flor




Tiger:
Sinto-me acorrentada como uma flôr
Sem perspectivas de enraizar
Sem sentir teu calor
Minhas pétalas estão a murchar

Odair:
No jardim da existência
Não estás sozinha a viver
Minha sombra te alivia
E meu sol vai te aquecer.

Tiger:
Continuo com minhas lágrimas regar-te
Mas sinto que o aroma esta a enfraquecer
E mesmo que possas perdoar-me
Peço que me faças te esquecer

Odair:
Esquecer-te é impossível
Pois do meu pensamento não sai
Mesmo que o tempo me afaste de ti
Onde fores, contigo meu coração vai.

Tiger:
Levo o teu coração onde for
mas te peço com fervor
que aceites o dilema
da existência dessa flor

Odair:
Flor, tu és minha paixão
Que o tempo não pode apagar
Regar-te-ei com meu amor
Nesse jardim, sob a luz do luar.

Tiger:
Sob a luz do luar todo meu perfume à ti vou entregar...

Duo – Tiger e Odair...